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Como identificar as skills necessárias para executar as tarefas que impactarão os KPIs-alvo do treinamento?

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Agora que sabemos quais tarefas impactam os indicadores do treinamento, conforme abordado no episódio #4 do ReTalks by ReFrame, é hora de partirmos para a identificação das skills que precisam ser trabalhadas ao longo do treinamento para gerar melhora na performance das tarefas destacadas no passo anterior.

Nessa espécie de “efeito cascata”, partimos de um objetivo macro (aumentar a produtividade, melhoras as vendas etc.) para a análise da performance de cada membro do time, a identificação das tarefas essenciais para a execução do trabalho e, agora, a identificação das habilidades necessárias para desempenhar tais tarefas.

E o primeiro passo a ser dado aqui reside em, com a ajuda da metodologia CHÁ (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), voltar à análise conduzida durante o diagnóstico de necessidade do treinamento, descrito neste post, e entender, tarefa a tarefa, quais são os conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias, num primeiro momento, e desejáveis, num segundo.

Na prática, esse trabalho tende a fluir muito mais se tivermos todos os stakeholders envolvidos com aquela função reunidos para uma conversa franca e minuciosa sobre as skills que precisarão ser desenvolvidas. Por isso, o jeito ReFrame de fazer isso é por meio da organização de um workshop presencial, com a presença das áreas de RH, treinamento e operação (alvo do treinamento), em que os membros presentes dessas áreas são mesclados em mesas redondas.

Então, a partir do indivíduo, é solicitado que cada um escreva cinco habilidades essenciais para a execução de cada tarefa que está sendo discutida e serão trabalhadas ao longo do treinamento. Em seguida, é solicitado que a turma de cada mesa chegue a um consenso sobre essas cinco skills (a partir dos apontamentos individuais anteriores) e, então, chega-se a busca de consenso do grupo todo do workshop, debatendo e categorizando cada skill para evitar repetições (cuidado com os termos diferentes para designar as mesmas coisas!) e eleger as skills que serão trabalhadas. Tudo feito com post-its na parede, num grande mapa mental.

Aqui, ainda não se está analisando se os funcionários apresentam ou não aquelas skills (algo que pode ter sido total ou parcialmente solucionado no processo de recrutamento e seleção, por exemplo). O intuito é simplesmente identificar as skills necessárias (ou mínimas), num primeiro momento, para depois poder partir para as skills desejáveis.

Um questionamento que pode ser relevante ao longo desse processo é: há diferenças na hora de identificar essas skills separando-as entre soft e hard skills, por exemplo?

A resposta é um sonoro “sim”. Isso porque, durante o workshop, a tendência é que as hard skills (que são mais “objetivas”) saiam mais facilmente do que as soft skills, que podem carecer de uma análise mais subjetiva. Uma boa dica aqui reside em estimular os profissionais presentes a fazer um desenho que represente aquele cargo ou função. Esse tipo de abordagem, mais lúdica, facilita muito a expressão dos atributos atitudinais valorizados e, a partir daí, fica mais fácil fazer a provocação sobre as competências comportamentais que são necessárias ou desejáveis para execução da tarefa que está sendo analisada.

Armadilhas a serem evitadas

A própria consolidação em cinco skills a serem desenvolvidas serve como prerrogativa para que um erro bastante comum seja evitado nesse processo: a identificação de um excesso de competências que aqueles profissionais precisam apresentar (e desenvolver) e tornar o treinamento inexequível. Queremos bons profissionais trabalhando na equipe, não super-heróis. O treinamento só deve existir dentro de um contexto de “vida real” nas organizações, não numa “realidade idealizada”.

Inclusive a diferenciação das skills entre necessárias e desejáveis serve a esse propósito de tornar o objetivo de treinamento algo alcançável, dentro daquilo que é possível. Não é por outro motivo que essa classificação entre skills mínimas e desejáveis costuma gerar mais discussões e debates do que a identificação das skills em si.

É normal que gestores, por exemplo, classifiquem mais skills como “necessárias” do que seria o aconselhável e, por isso, é necessário uma boa condução nesses workshops para que todos saiam cientes daquilo que será trabalhado no treinamento, mas sempre dentro de um contexto pragmaticamente exequível e real, não projetando algo idealizado e de difícil execução.

Para saber mais, confira o podcast ReTalks by ReFrame. Lá você poderá conferir mais detalhes sobre como  identificar as skills necessárias para executar as tarefas que impactarão os KPIs-alvo do treinamento: https://www.youtube.com/watch?v=SysQXHFAF1Q.

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